O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, vai deixar a presidência do BC no final de 2024 e já vem planejando sua atuação no mercado.
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, vai deixar a presidência do BC no final de 2024 e já vem planejando sua atuação no mercado, após sua quarentena de seis meses e, segundo revelou, uma das propostas avaliadas é a criação de um banco em blockchain no Brasil.
Campos Neto revelou inclusive que o banco operaria somente com criptomoedas, incluindo stablecoins e que este é seu grande sonho após deixar o BC. No entanto, ele reconhece que há ainda problemas regulatórios no Brasil que impedem esta jornada (o BC ainda não publicou as regras para o mercado de criptoativos).
Diante disso, o atual presidente do BC, estuda a montagem de um fundo de investimento com parceiros do mercado americano, fundo que também poderia atuar no mercado de criptoativos. Além disso, ele também declarou que aceitaria permanecer na polícia como ministro da Fazenda do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Entre os bancos, Itaú e BTG Pactual, ambos com atuação no mercado de criptoativos, também teriam feito propostas para Campos Neto, que teria recusado atuar nas instituições no Brasil, mas não teria descartado ser um gestor global das empresas.
Campos Neto e blockchain
O atual presidente do BC sempre foi um defensor da blockchain e da inovação no sistema financeiro, embora nunca tenha revelado publicamente se possui Bitcoin, Ethereum ou outras criptomoedas. Desde sua sabatina no Senado, antes de assumir a presidência do BC, ele já defendia a modernização do sistema financeiro com a adoção de DLT e ativos digitais.
Assim que assumiu o Banco Central, Campos Neto deu enfase na agenda de inovação da instituição, que tinha um espaço puramente acessório nas apresentações da instituição. Sobe seu comando, aos poucos, a agenda BC#, foi ganhando corpo e se tornou um dos pontos principais do Banco Central.
O sucesso do Pix ajudou Campos Neto a ‘impor’ mais pautas de inovação, como a implementação, em fases, do Open Finance e o começo dos testes do Drex, que atualmente estão na segunda fase, com a possibilidade de novos casos de uso e previsão de seguir até o final de 2025.
Sob sua alçada o BC foi escolhido pelo Congresso Nacional para ser o regulador do mercado de criptomoedas, no entanto, apesar de ter sido aprovado no final de 2022, até o momento o BC não publicou as normas para o mercado e anunciou a realização de duas audiências públicas para coletar o feedback da população e do mercado cripto sobre o tema.
A primeira consulta pública já ocorreu e o BC deve divulgar a segunda minuta em breve.
Fonte: https://br.cointelegraph.com/news/president-of-the-central-bank-studies-opening-a-blockchain-bank-in-brazil-after-leaving-the-bc