s maiores criptomoedas por enquanto operam no azul nesta sexta-feira (9) em meio à investida regulatória contra a Binance e Coinbase nos EUA.
No mercado de renda variável, os índices futuros apontam uma abertura em baixa das bolsas em Nova York, depois de o índice S&P 500 entrar em um novo “bull market”, ou um ciclo de alta.
Investidores globais também ficam de olho no cenário político dos EUA, com o indiciamento do ex-presidente Donald Trump no caso que investiga o uso de documentos confidencias, o que pode mudar o rumo da disputa presidencial na maior economia do mundo.
O Bitcoin (BTC) registra alta de 0,9% nas últimas 24 horas, para US$ 26.645, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC sobe 0,58%, cotado a R$ 132.085, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
Alguns analistas apontam a resiliência da maior criptomoeda diante das recentes investigações contra grandes exchanges.
“É difícil imaginar uma situação regulatória mais difícil enfrentada pela indústria de ativos digitais nos Estados Unidos do que o que está acontecendo agora”, escreveu Andrew Lawrence, cofundador e CEO da plataforma de custódia on-chain Censo, em e-mail ao CoinDesk, acrescentando que essa força pode ser explicada pela maior adoção de criptoativos fora dos EUA.
O Ethereum (ETH) mostra estabilidade, com ligeiro ganho de 0,2%, negociado a US$ 1.846.
Entre os destaques da segunda maior criptomoeda, a rede Optimism anunciou que agora o Ethereum é usado como token nativo da blockchain, assim como o OPT, de acordo com o CoinDesk. Desenvolvedores da rede Ethereum também finalizam os últimos detalhes para a próxima atualização da rede, chamada “Dencun”.
As principais altcoins vão em direções opostas, com destaque para BNB (-1%), XRP (+2,8%), Dogecoin (+0,4%), Polygon (+1,2%), Polkadot (+0,7%), Avalanche (+0,9%) e Shiba Inu (+0,2%).
Cardano (-2%) e Solana (+2,4%) também operam em direção contrária nas últimas 24 horas. Tanto o desenvolvedor da Cardano quanto a Fundação Solana contestaram a decisão da SEC, a CVM dos EUA, de definir os tokens nativos das blockchains como valores mobiliários.
Operações da Binance no EUA
A Binance, maior exchange cripto do mundo, está cada vez mais acuada nos EUA.
A filial americana da corretora disse na quinta-feira (8) que vai suspender negociações em sua plataforma com dólares americanos, devido à decisão de parceiros bancários de não trabalhar com a empresa após o anúncio dos processos contra a Binance e seu CEO, Changpeng “CZ” Zhao, segundo o New York Times.
A decisão, que já pode entrar em vigor em 13 de junho, representa um revés para a Binance.US, já que uma das principais funções de uma exchange é permitir que os usuários convertam moeda fiduciária em criptmoedas como Bitcoin ou Ethereum. A Binance não poderá mais oferecer esse serviço nos EUA, de acordo com o New York Times.
Em uma mensagem aos clientes, a Binance.US disse que está “tomando as ações necessárias à medida que fazemos a transição para uma exchange somente de cripto”. Nos últimos dias, disse a empresa, seus parceiros bancários sinalizaram que não facilitarão mais a movimentação de dólares dentro e fora da plataforma da Binance.US.