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Empresa congela R$ 4,4 milhões em criptomoedas ligados a grupos terroristas

Em relação ao congelamento das criptomoedas ligadas aos grupos terroristas, Ardoino defendeu que a Tether “continua comprometida em promover o uso responsável da tecnologia blockchain e se posicionar como uma defesa robusta contra o crime cibernético”.

A Tether, empresa responsável pela stablecoin USDT (USDT), anunciou o congelamento do saldo de 32 carteiras ligadas a atividades ilícitas na Ucrânia e Israel. Ambos países estão em guerra. Enquanto a Ucrânia foi invadida pela Rússia, Israel está sendo atacado pelo Hamas, um grupo terrorista palestino.

Segundo comunicado oficial, ao longo de seus 9 anos a Tether já trabalhou com mais de 31 agências de 19 países diferentes, incluindo o Brasil. Em casos passados, a empresa já congelou fundos ligados a hacks, bem como R$ 250 milhões da FTX, corretora que faliu em novembro do ano passado. No total, mais de R$ 4,2 bilhões já foram congelados.

Ao contrário de criptomoedas como o Bitcoin, que não possuem nenhum tipo de censura pela rede, o USDT é um token que permite que seus criadores congelem contas mediante um código especial em seu contrato inteligente.

Tether congela R$ 4,4 milhões ligados a grupos terroristas

Maior stablecoin do mercado, a Tether (USDT) possui um valor de mercado de US$ 83,5 bilhões (R$ 421 bi) e seu volume de negociações chega a superar o volume do Bitcoin. Fazendo paridade ao dólar, é frequentemente usada em corretoras, mas também serve para estrangeiros dolarizarem seu patrimônio.

Disponível para todos, o USDT teria sido usada por terroristas em Israel e na Ucrânia. Em nota publicada nesta segunda-feira (16), a Tether anunciou o congelamento de diversas contas associadas a tais criminosos.

“A Tether congelou 32 endereços, contendo US$ 873.118,34 (R$ 4,4 milhões), que foram considerados vinculados a atividades ilícitas em Israel e na Ucrânia. A Tether tem trabalhado com a agência anti-terrorismo (NBCTF) em Israel para combater o terrorismo e a guerra financiados por criptomoedas.”

“As criptomoedas são uma ferramenta poderosa, mas não é uma ferramenta para o crime”, disse Paolo Ardoino, novo CEO da Tether. “Ao contrário da crença popular, as transações com criptomoedas não são anônimas; eles são os ativos mais rastreáveis e monitoráveis. Consequentemente, criminosos tolos o suficiente para usar criptomoedas em atividades ilegais serão inevitavelmente identificados.”

Embora não tenha revelado mais informações sobre os alvos da operação, estima-se que os fundos tenham ligação com o Hamas, grupo terrorista que está atacando Israel.

Segundo análise da Elliptic, terroristas do Hamas receberam cerca de R$ 500 milhões em doações de criptomoedas nos últimos anos à medida que os conflitos se intensificavam. No entanto, teria deixado de trabalhar com o Bitcoin devido à transparência da blockchain.

Paolo Ardoino é promovido a CEO da Tether

O comunicado é o primeiro após Paolo Ardoino ser promovido a CEO da Tether na última sexta-feira (13). Anteriormente, Ardoino trabalhava como diretor de tecnologia da empresa, mas já se destacava pelo seu engajamento com os usuários do USDT.

“A Bitfinex é a primeira empresa no espaço do Bitcoin na qual entrei, em 2014. Era uma equipe pequena. Menos de <25 pessoas. Apenas 3/4 desenvolvedores.”, lembra Ardoino. “Hoje a empresa é 10x maior, mas mantém o mesmo espírito, paixão pela inovação e foco no Bitcoin que tinha há quase 10 anos.”

“Estou animado para continuar dirigindo o departamento de tecnologia, pois foi meu primeiro dia!”

Em relação ao congelamento das criptomoedas ligadas aos grupos terroristas, Ardoino defendeu que a Tether “continua comprometida em promover o uso responsável da tecnologia blockchain e se posicionar como uma defesa robusta contra o crime cibernético”.

Fonte: https://livecoins.com.br/empresa-congela-r-44-milhoes-ligados-a-grupos-terroristas/

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