O novo processo é parte da mais recente ação coletiva de uma série de ações judiciais movidas contra o Silvergate Bank nos últimos dois meses em função de seus vínculos com Sam Bankman-Fried e a extinta exchange de criptomoedas FTX.
O Silvergate Bank e seu CEO Alan Lane foram acusados de “auxiliar e incentivar” um “esquema fraudulento multibilionário orquestrado por Sam Bankman-Fried (SBF)” e duas empresas de sua propriedade, a FTX e a Alameda Research, em uma nova ação coletiva movida contra a instituição.
A ação coletiva proposta foi apresentada no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Califórnia em 14 de fevereiro por advogados que representam um usuário da FTX residente em São Francisco que teve cerca de US$ 20.000 em criptomoedas congelados quando a exchange entrou em colapso no ano passado.
O autor da acusação, Soham Bhatia, alega que o Silvergate Bank, sua controladora Silvergate Capital Corporation e o CEO Alan Lane estavam cientes do uso de fundos de usuários da FTX pela Alameda Research e os acusou de ocultar “a verdadeira natureza da FTX” de seus clientes.
“Em todos os momentos relevantes, o Silvergate, Bankman-Fried e Lane foram co-conspiradores, auxiliando uns aos outros”, de acordo com o processo.
O Silvergate $SI é agora a ação mais vendida no mercado (73%)
Sim, o banco que, de acordo com a ação coletiva, “auxiliou e incentivou diretamente a fraude da FTX”
— Yoda Research (@YodaResearch)
O processo alega que o Silvergate e Lane ajudaram, incentivaram, encorajaram e ajudaram substancialmente Bankman-Fried a perpetrar conjuntamente um esquema fraudulento contra o acusador e a coletividade.
“Ao ajudar, incentivar, encorajar e auxiliar substancialmente os atos ilícitos, omissões e outras más condutas alegadas acima, os Réus agiram com consciência de seus delitos e perceberam que tal conduta seria fundamental para a viabilização de seu projeto ilegal.”
A ação busca indenização cumulativa e restituição dos ativos e dos lucros, cujos valores deverão ser apurados em juízo.
No entanto, a ação ainda precisa ser certificada pelo tribunal distrital em uma etapa obrigatória antes que ela possa prosseguir como uma ação coletiva.
O mais recente processo proposto é apenas mais uma ação coletiva apresentada contra o Silvergate nos últimos dois meses.
Em 14 de dezembro, o autor Joewy Gonzalez entrou com uma ação coletiva semelhante no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul da Califórnia – acusando o Silvergate por supostamente “promover a fraude de investimento da FTX” ajudando e incentivando a exchange de criptomoedas ao disponibilizar os fundos de usuários da FTX às contas bancárias da Alameda Research.
Em 10 de janeiro, uma ação coletiva foi movida contra a Silvergate Capital Corporation no Tribunal Distrital dos Estados Unidos do Sul da Califórnia, alegando que a plataforma da Silvergate falhou em detectar ocorrências de lavagem de dinheiro “em valores superiores a US$ 425 milhões” envolvendo crimes cometidos por clientes sul-americanos.
Outras empresas também foram acusadas de irregularidades semelhantes.
Na semana passada, em 6 de fevereiro, a empresa de negociação algorítmica Statistica Capital entrou com uma ação coletiva putativa contra o Signature Bank, com sede em Nova York, alegando que a instituição tinha “conhecimento real e facilitou substancialmente a agora infame fraude cometida pela FTX.”
“Em particular, o Signature sabia e permitia a mistura de fundos de clientes da FTX dentro da Signet, sua rede proprietária de pagamentos baseada em blockchain”, escreveu.
O Cointelegraph entrou em contato com o Silvergate para obter uma posição a respeito da ação coletiva, mas não recebeu uma resposta até o momento da publicação deste artigo.