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Saldo de BTC nas exchanges não para de diminuir – 5 coisas para saber sobre o Bitcoin nesta semana

Uma mudança “significativa” no sentimento dos hodlers sustenta a ação de preço do Bitcoin, que se agarra aos seus níveis mais altos em 18 meses.

O Bitcoin

começa a segunda semana de novembro ainda forte, rondando suas máximas de 18 meses. Porém, para onde a ação de preço do Bitcoin pode ir em seguida?

A maior criptomoeda do mercado lutou contra a pressão vendedora para selar outro fechamento semanal impressionante.

No que analistas estão descrevendo cada vez mais como uma mudança no sentimento do mercado, tanto o Bitcoin quanto as altcoins estão se recusando a devolver os ganhos que acumulam há mais de um mês.

Em meio a um ambiente macroeconômico turbulento, as criptomoedas estão atacando por conta própria, enquanto ativos como ações estão sentindo a pressão, e os touros estão esperançosos de que a alta recente ainda não acabou.

Esta semana reserva muitos potenciais gatilhos de volatilidade. Com a inflação dos EUA ainda no radar de todos, o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) fará uma série de manifestações públicas. Inclusive o presidente Jerome Powell.

Uma semana curta em Wall Street resultará em um período prolongado de negociações “fora do horário comercial” nesta semana, sugerindo que as criptomoedas apresentem movimentos potencialmente mais voláteis no próximo fechamento semanal.

Nos bastidores, o Bitcoin se mostra tecnicamente tão resiliente quanto a ação de preço do BTC sugere – a taxa de hash e a dificuldade, já em máximas históricas, devem renovar seus recordes nos próximos dias.

O Cointelegraph se aprofunda nessas questões e muito mais em sua análise semanal do que esperar do Bitcoin no curto prazo e além.

Touros do Bitcoin se recusam a ceder um centímetro sequer

Como na semana passada, o Bitcoin não decepcionou no fechamento da vela semanal em 6 de novembro.

Um pouco acima de US$ 35.000, o fechamento estabeleceu uma nova máxima de 18 meses e precedeu um surto de volatilidade que viu uma breve viagem para logo abaixo da marca de US$ 36.000, mostram os dados do Cointelegraph Markets Pro e da TradingView.

Gráfico semanal BTC/USD. Fonte: TradingView

Um acirrado cabo de guerra entre compradores e vendedores indica que os atuais níveis de resistência estão se mostrando difíceis de serem superados, enquanto as liquidações aumentaram no fechamento.

Conforme observado pelo popular trader Skew, o gráfico horário sugere que “ambos os lados do livro foram varridos” nas exchanges.

Em 5 de novembro, Skew também mostrou um aumento na quantidade de contratos em aberto (OI) na maior exchange global de criptomoedas, a Binance, em um prelúdio importante da volatilidade nas últimas semanas.

$BTC
O OI [interesse em aberto] e o delta de perp aqui são literalmente pessoas desejando as máximas do LTF e vendendo as mínimas do LTF

O OI continua a crescer na binance ~ importante para o início da próxima semana

— Skew (@52kskew) 

O colega trader Daan Crypto Trades fez referência aos dados da taxa de financiamento que mostram que as posições compradas pagam as vendidas.

“Ainda há muitas posições que foram abertas durante o fim de semana, então eu esperaria alguma volatilidade adicional após a abertura dos futuros na segunda-feira para eliminá-las (em ambos os lados)”, dizia parte de seu comentário no X.

Conforme relatado pelo Cointelegraph, as apostas dos participantes do mercado incluem US$ 40.000 como alvos populares do preço do Bitcoin. O momento está em debate, mas as previsões para o final de 2023 giram em torno de níveis ainda mais altos.

Enquanto isso, entretanto, as abordagens mais conservadoras ainda persistem. O popular trader Crypto Tony que no fim de semana disse aos assinantes do X para não apostarem que os touros vencerão a atual resistência.

“Só estarei vendido se perdermos a zona de suporte em US$ 34.100 e fecharei minha posição comprada atual se perdermos US$ 33.000”, escreveu ele, atualizando sua estratégia de negociação atual.

“Eu não recomendaria uma posição comprada aqui na resistência de forma alguma.”

Palestrantes do Fed lideram a semana macroeconômica

Com uma pausa nas divulgações de dados macroeconômicos dos Estados Unidos nesta semana, as atenções voltam-se mais uma vez para o Fed, que pode se tornar uma fonte de volatilidade para o mercado.

Várias palestras durante a semana anterior ao feriado do Dia dos Veteranos, em 10 de novembro, farão com que as autoridades, incluindo o presidente do Fed, Powell, ganhem os holofotes.

O momento talvez seja mais digno de nota do que os discursos em si, no entanto. O Fed manteve a pausa nos aumentos das taxas de juros na semana passada, apesar de os dados mostrarem que a inflação superou as expectativas mais uma vez.

Comentários anteriores dissiparam a expectativa dos mercados de uma mudança na política monetária até o início do ano que vem. De acordo com os dados da FedWatch Tool do CME Group, a pausa será mantida na próxima reunião do FOMC, prevista para daqui a pouco mais de um mês.

Gráfico de probabilidades da taxa-alvo do Fed. Fonte: CME Group

“Todas as atenções continuam voltadas para o Fed”, escreveu o perfil do recurso de análise financeira The Kobeissi Letter em antecipação à semana que começa.

Principais eventos desta semana:

1. Discurso do presidente do Fed, Powell – quarta-feira

2. Pedidos iniciais de auxílio-desemprego – quinta-feira

3. Discurso do presidente do Fed, Powell – quinta-feira

4. Dados do sentimento do consumidor – sexta-feira

5. ~10% do S&P 500 divulga resultados esta semana

6. Total de 12 eventos com palestrantes do Fed

Toda a atenção permanece voltada para o Fed.

— The Kobeissi Letter (@KobeissiLetter) 

O Kobeissi acrescentou que a volatilidade pode dar as caras nos próximos dias, devido à turbulência nos mercados de títulos. As ações também oscilaram notavelmente na semana passada. O S&P 500 deu uma guinada abrupta depois de cair durante a segunda metade de outubro.

A plataforma de pesquisa de investimentos Game of Trades sugeriu que uma “grande volatilidade econômica” está no horizonte, graças a uma rara contração no crédito ao consumidor nos EUA.

“Isso aconteceu APENAS 3 vezes nos últimos 75 anos”, observou, referindo-se à poupança como porcentagem da renda nacional dos EUA.

As outras duas ocasiões coincidiram com a crise financeira global de 2008 e o crash da COVID-19 em março de 2020.

Isso aconteceu APENAS 3 vezes nos últimos 75 anos

A poupança como % da renda nacional está se contraindo agora

As duas contrações anteriores coincidiram com a:

– Crise financeira de 2008
– Pandemia de 2020

O ambiente de alta taxa de juros + alto endividamento é um forte contratempo para o consumidor…

— Game of Trades (@GameofTrades_)

Taxa de hash e dificuldade atingiram novos recordes históricos

Parece que a marcha ascendente dos fundamentos da rede do Bitcoin continua realmente implacável após os ganhos deste ano.

A taxa de hash e a dificuldade de mineração cancelaram todas as quedas anteriores e registraram novas máximas históricas, e o próximo ajuste consolidará esses níveis.

A dificuldade está programada para aumentar em mais 2,4% em 12 de novembro, elevando sua contagem para quase 64 trilhões pela primeira vez na história do Bitcoin, de acordo com dados do recurso de monitoramento BTC.com.

Visão geral dos fundamentos da rede do Bitcoin (captura de tela). Fonte: BTC.com

A taxa de hash, embora seja mais fluida e difícil de ser medida com precisão, deixou evidente sua tendência ascendente nos últimos meses.

Conforme observado por James Van Straten, analista de pesquisa e dados da empresa de análise de criptomoedas CryptoSlate, a semana passada foi especialmente significativa para a taxa de hash – o poder de processamento combinado estimado dedicado à rede pelos mineradores.

Ontem, tivemos o maior dia da história da taxa de hash do #Bitcoin, 521 eh/s.

Estamos na metade da época atual de dificuldade, e o ajuste de dificuldade estimado [para o próximo ajuste] é de mais de 5,5%.

— James V. Straten (@jimmyvs24)

Conforme relatado pela Cointelegraph, uma teoria prevê que a tendência atual se mantenha até a redução pela metade do subsídio por bloco minerado programado para acontecer em abril do ano que vem.

Em uma entrevista concedida em setembro, Filbfilb, cofundador da suíte de negociação DecenTrader, argumentou que os mineradores gostariam de aumentar sua retenção de BTC antes do halving, antecipando o corte das recompensas de BTC por bloco minerado em 50%.

Como resultado, na época do halving, o par BTC/USD poderia ser negociado a US$ 46.000.

Diferença no fluxo de exchanges atinge o segundo nível mais alto da história

À medida que o mercado de criptomoedas volta à vida, as condições de lucratividade dos investidores de Bitcoin estão mudando.

Conforme relatado pelo Cointelegraph, o retorno acima de US$ 30.000 fez com que o preço à vista do Bitcoin ficasse acima do custo de aquisição de vários grupos de investidores, inclusive os de curto prazo.

Agora, os sinais de mudança são visíveis nas exchanges, com os fluxos de entrada em queda e os saques se aproximando da máxima anual.

Para Van Straten, o fenômeno marca “uma mudança significativa no fluxo das exchanges de Bitcoin.”

“Um impulso renovado nas retiradas de Bitcoin [das exchanges] é evidente, com mais de 61.000 BTC sacados recentemente, um aumento substancial em relação à baixa acumulada no ano de quase 43.000 BTC”, escreveu ele em uma análise do CryptoSlate em 3 de novembro.

“Esse aumento sugere uma preferência crescente dos investidores em manter seus Bitcoins fora das exchanges, possivelmente indicando uma crença mais forte de longo prazo no valor do Bitcoin.”

Ele acrescentou que a diferença entre o volume de depósitos e saques de BTC em exchanges atingiu seu segundo maior nível de todos os tempos – “notáveis” 10.000 BTC, de acordo com dados da empresa de análise on-chain Glassnode.

“Esse diferencial só é ofuscado pelas consequências do colapso da FTX, que testemunhou um pico avassalador de mais de 80.000 BTC retirados [de exchanges]”, concluiu a análise.

“Essas tendências podem sugerir uma mudança no sentimento dos investidores, com mais investidores aparentemente optando por manter seus ativos a longo prazo em vez de buscar liquidez imediata nas exchanges.”

Gráfico de dados de fluxos de Bitcoin nas exchanges. Fonte: James Van Straten/X

A Glassnode também mostra que os influxos de capital agregados atingiram máximas no acumulado do ano – um evento descrito pelo popular analista e trader Ali como representativo d “forte confiança dos investidores.”

Muito capital está fluindo para as #criptomoedas neste momento, sinalizando a forte confiança dos investidores.

Na verdade, detectamos quase US$ 10,97 bilhões em influxos de capital positivos, o nível mais alto em 2023!

— Ali (@ali_charts) 

“Medo” das criptomoedas atinge máximas posteriores ao recorde histórico de US$ 69.000

A melhora no sentimento do mercado geralmente é uma faca de dois gumes para as criptomoedas, pois a mentalidade do hodler médio se torna cada vez mais focada no lucro.

Isso é evidenciado pelo Índice de Medo e Ganância das Criptomoedas, o indicador clássico de sentimento do mercado que emite um alerta quando o mercado entra em fases de exuberância irracional.

O índice atingiu 84/100 durante a viagem do Bitcoin para o atual recorde histórico de novembro de 2021. E 6 de novembro, está a apenas 10 pontos desse pico.

Com 74/100, o mercado já está mais “ganancioso” do que em qualquer momento nos últimos dois anos. Para Crypto Tony, no entanto, ainda há espaço para novas altas antes que o desequilíbrio do sentimento se torne impossível de ignorar.

“Quero ver GANÂNCIA EXTREMA antes de considerar o fechamento de algumas posições”, disse ele aos assinantes do X ao analisar o índice em 5 de novembro, argumentando que o preço do Ether

ainda precisa subir.

Os extremos históricos do Índice de Medo e Ganância chegaram a cerca de 95/100, sendo que a última vez que esse número foi atingido foi em fevereiro de 2021.

Índice de Medo e Ganância das Criptomoedas (captura de tela). Fonte: Alternative.me

Fonte: https://br.cointelegraph.com/news/exchange-flow-gap-10k-btc-5-things-bitcoin-this-week

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